sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fichamento 1


Terapia celular em doenças pulmonares: existem perspectivas?
RIBEIRO-PAES, João T. et al. Terapia celular em doenças pulmonares: existem perspectivas?. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2009, vol.31, suppl.1, pp. 140-148.  Epub 29-Maio-2009. ISSN 1516-8484.

“Células indiferenciadas que apresentam capacidade de autoduplicação e de dar origem a células diferenciadas são denominadas células-tronco (CT).  Melton e Cowan (2004) propuseram uma working definition de CT: "Uma entidade clonal autorrenovável, que é pluripotente e pode dar origem a vários tipos de células diferenciadas".” (p.140)

“Em função de sua origem, pode-se definir 3 tipos gerais: CT oriundas da massa celular interna do blastocisto, denominadas células-tronco embrionárias (CTE); as oriundas da crista gonadal, células-tronco germinativas (CTG) e as células-tronco adultas (CTA), obtidas em diferentes tecidos, incluindo-se as células-tronco hematopoéticas (CTH),
obtidas da medula óssea e as células obtidas do cordão umbilical.” (p.141)

“A terapia celular poderia ser conceituada de forma ampla e genérica, talvez pouco precisa em função da amplitude de seu alcance, como o emprego de células para tratamento de doenças. Considerada nesta perspectiva ampla, a terapia celular representa uma antiga prática terapêutica, iniciada com a transfusão de sangue total ou concentrado de plaquetas
em diferentes situações clínicas agudas ou crônicas. Os transplantes de células-tronco hematopoéticas (TCTH) foram, pioneiramente, iniciados com os trabalhos de Till e Mcculloch em 1961,  durante seus estudos sobre a resposta de ratos com a medula óssea transplantada após lesão provocada por irradiação ionizante.” (p.141)

“Um aspecto muito relevante em termos de implicação para a terapia celular foi a verificação que, em modelos animais, a infusão de MSC marcadas apresentaram um sinal expressivamente maior no tecido pulmonar, em relação a vários outros órgãos, como coração, fígado, baço e rim.” (p.142)

“A DPOC pode ser entendida como um estado patológico caracterizado por limitação de troca gasosa, não reversível. Esta limitação é usualmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas e gases nocivos.” (p.143)

“O enfisema pulmonar, dentro do espectro da DPOC, apresenta como principal característica a obstrução do fluxo aéreo, resultante da destruição das paredes alveolares e aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, sem fibrose evidente.” (p.143)

“É importante salientar que a DPOC apresenta uma alta prevalência e um elevado custo econômico e social.” (p.143)

“A fibrose cística (FC) é uma doença hereditária com alta incidência (um a cada 2.500 nascidos) entre a população caucasiana.” (p.144)

“Em função de suas características peculiares de patologia genética monogênica seria uma candidata ao tratamento por meio de terapia gênica, considerando que a restauração de baixos níveis funcionais da proteína CFTR em cada célula pode ser suficiente para inibir o fenótipo da doença. Embora a formulação dos experimentos, o delineamento experimental seja, em geral, elegante, racional e coerente no plano teórico, não se obteve, até o presente, com o emprego da terapia gênica, resultados consistentes e satisfatórios. Concorrem para o insucesso ou pleno êxito da terapia: capacidade indutora de resposta inflamatória e ineficiência do vetor, alta rotatividade das células epiteliais, ou, ainda, a correção apenas transitória do defeito gênico.” (p.145)

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