PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTAL: A QUESTÃO DA FLUORETAÇÃO DO SAL
PINTO, Vitor Gomes. Prevenção da cárie dental: a questão da fluoretação do
sal. Rev. Saúde Pública [online]. 1982, vol.16, n.1, pp. 66-72. ISSN 0034-8910.
“Tradicionalmente considerado como veiculo de menor adequação para a suplementação do flúor ao esmalte dentário no combate à cárie, o "sal de cozinha" começou a receber maior ênfase a partir de estudos efetuados na década passada na Colombia.” (p.66)
“A necessidade de variação da dosagem do flúor no sal de acordo com os padrões de consumo individual ( para evitar fluorose) era considerado como óbice de difícil transposição.” (p.66)
Em relação ao íon flúor: “Didaticamente poder-se-ia recomendar sua aplicação através de: Ingestão — 1.°) fluoretação de águas de abastecimento público; 2.°) solução de fluoretos (p. ex. em depósitos de água de escolas); 3.°) comprimidos administrados sob controle; 4.°) adição de flúor ao sal doméstico". E, sobre o sal, aconselharam que as "experiências em áreas selecionadas poderão ser realizadas por entidades científicas interessadas na problemática, utilizando recursos próprios.” (p.68)
“O processo de adição do flúor ao sal para a prevenção da cárie percorre os mesmos
caminhos já trilhados no combate ao bócio endêmico através da iodatação do sal, medida esta vigente no Brasil há quase vinte e oito anos.” (p.68)
“A fluoretação do sal não seria, portanto, um método indicado para universalizar a prevenção da cárie dental, pelo menos enquanto não atingir as camadas mais desfavorecidas da sociedade.” (p.69-70)
“O emprego do sal com flúor, considerando-se seu reduzido custo, é válido em áreas
sob controle técnico de forma a ativar estudos tendentes a superar os entraves que
cercam a hipótese de universalização do método. Estes entraves dizem respeito fundamentalmente à capacidade parcial de cobertura do sal face às dificuldades de dosagem do sal não refinado, ao problemático controle do teor de flúor e à segurança
limitada quanto à saúde dental pelo risco de fluorose.”
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